quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

CEDE-SE A “FAIXA” (Sugestão)

 

A boa cama não é para quem a faz,

 mas sim para quem nela se deita.

 

CEDE-SE A “FAIXA”

(Sugestão)

 

    Pelo que tenho vindo a observar ao longo do seu percurso político, Sr. Pedro Nuno Santos, não me atrevo a impugnar nem a suster qualquer dúvida, sobre a demarcada habilidade e astúcia de que o Sr. se tem socorrido para o manuseamento dos rebanhos, que com interiorizada convicção se propõe a “pastorear”; bem assim, como tem manifestado com enraizado fundamentalismo, uma aptidão nata, conquanto que, nevoeirenta, de negociante, na a formalização de altas negociações. Uns, “sucateiros”, e outros mais polidos, contudo, todos eles repolhudos – como é uso dizer-se aí, na nossa terra.

Retenho como modelos negociais de alto gabarito, a aquisição de automotoras para a CP, mais o investimento na recuperação de velhos trastes, (comboios) e as reviravoltas com a mercantilização da TAP; conjecturo que tudo isto lhe haja granjeado numerosas e aterradoras “dores de cabeça”, que eu lamento, mas não foi culpa minha.

No domínio mercadejador, estou plenamente convicto da sua “mestria”, apesar de não o conhecer pessoalmente; tão só e apenas, com recurso aos meios de comunicação, que não passam uns “aldrabõezecos”, num é?!

Mas, consinta-me ofertar-lhe uma sugestão, mesmo sem me haver solicitado e apesar de eu me considerar um rústico nas matérias, quer política quer mercantil.

Se bem que o meu entendimento possa ser franzino, sustento que o meu perecer poderá vir a dar-lhe um jeitão - quando não, um “jeitinho”. Se entender o contrário, descarregue p´rá ‘strumeira, que eu não ficarei entediado.

Acaso um dia venha ser Primeiro-ministro – o Diabo seja cego, surdo e mudo - é apenas um pequeno parecer sobre o que fazer a esta “Faixa”, situada no estremo Oeste da Europa, colonizada por retalhos partidarizados, desconjuntados nas suas deliberações e ligações cognitivas; unificados apenas no que diz respeito a viver uma vida airada, à custa do ZÉ PAGODE, que, guinchando e rangendo os dentes, só se lamenta, mas não reage. Não escoicinha, não marra e não morde. Lastima-se e lacrimeja, mas aceita! (?)

Mas, deixemos isso p’ra trás!?  

Não vou sugerir-lhe uma transferência, porque a economia está tão rastejante, escorregadia e repleta de buracos, que ninguém vai pegar no engôdo. Haveria ainda a ponderar sobre uma entrega à exploração, mas não vale a pena falar sobre isso, porque tudo me leva a acreditar que esse sistema já se encontra nela muito bem instalado. E com gavinhas tão bem entrelaçadas, que não permitem à população resfolgar. Analisando friamente os factos, Sr. Pedro Nuno Santos, resta apenas, em meu conceito, a vendição do imóvel. Apesar da crise com enorme evidência ser esquelética e por quase todos reconhecida, sempre valerá alguns patacos; mesmo que seja ao desbarato, e se a Comissão Europeia autorizar.

Sugiro isto, porque nós já fomos realmente “independentes e orgulhosamente sós”! Naquele tempo! No outro tempo, sabe?!

É certo que não passou por lá, mas seguramente que não ignora a existência desse período obsoleto?! É sempre bom recordar! E até, em “plebeia conversa-fiada”, passar a ‘stória à rapaziada novata, como o Sr., que, apesar de “saber muito”, muito mais terá para conhecer. Porquanto, quem não se lembra ou sabe peva do passado, está sujeito a “voltar” ao ponto de partida. Até sou capaz de não estar muito enganado, pois não?!

Poderá, contudo, o Sr. questionar p’ra si mesmo:

- Porra!... Quem raio será este gajo? Caramba, aparenta ser um imbecil e um tapado. Até serei, quem sabe!?... Mas por cuidado, devo lembrar-lhe que pertenço ao seu concelho (OAZ).

Porém, se analisar com frieza e imparcialidade, o que está a suceder à vivência de uma enorme fatia de portugueses, acabará por legitimar que não sou tanto aquilo que possa ter pensado; se é que pensou mesmo. Mas, adiante cuandor; e, em caso de crise, (já instalada), que nos acudam ao menos, as Papas de S. Miguel, num é?

Ora vamos ao assunto.

No que respeita ao emperrado imóvel a mercantilizar, a “FAIXA” é bastante comprida e bem atapetada por uma abundância arenosa numa das suas bordas. No Estio, essa fímbria oceânica possibilita àqueles que não vão para “bebe-e-dorme” ou outro sítio qualquer, um descanso mal merecido por um trabalho pouco produtivo e se calhar malfeito. Estiraçados de papo para o ar e de olhos e mente cerrados, contemplando o azul do céu que não vêm, sideram o melhor órgão do seu canastro, com maior incidência nos seus sacos testiculares ou na sua tez mamária, amulatando-os em psicótica imodéstia, ruminando, numa calma aparente, o peso das dívidas ao merceeiro, ao leiteiro, ao stand e à loja de cremes e lingeries, que no fim das férias terão de solver, custe o que custar, - queira saber que agora, até já é uso hipotecarem-se os salários aos bancos, muito antes de serem recebidos; só falta que a Natureza lhes achate o nariz e lhes alargue as narinas de modo a conseguirem infiar nelas o dedo indicador, se não forem manetas, possibilitando-lhes mudar de conceitos manualmente, porque o “automatismo” intelectivo há muito tempo que deixou de funcionar convenientemente. Esvaiu-se.

A “FAIXA”, por azar do destino, é de largura reduzida e não tem por onde se estique; no seu interior e p’rás bordas de lá, é uma manta de retalhos mal remendada e escanzelada pelo desmazelo, onde há populações que, enquanto granjeiam rugas no juízo e na cara, “resignadamente” se vão desenrascando. Graças à resistência de coesão da boa vizinhança, que resulta num auxílio comunitário, pouco usual nas grandes metrópoles.

Dentro da “FAIXA”, estão a passar-se uma sucessão de acontecimentos, que, pela sua gravidade e aceleração, colocam a maioria das populações numa situação de permanente insegurança, incredulidade e pobreza, que lhes infernizam o espírito e lhes castram a vontade de dormir relaxadas.

    A criminalidade aumenta, à medida que a autoridade policial diminui; o crescimento desmesurado de parasitas e malandros, são também uma chaga bem visível na época actual, porque para esses, há subvenções.

Encerram maternidades, urgências, postos de saúde e escolas; das grandes, médias e pequenas empresas, umas diluem-se por má gestão e consequente falência, - por vezes inautêntica; outras, levantam ferro desta “FAIXA”, desamarram, e vão pastejar para outra banda onde possam existir melhores condições de segurança económica e mão-de-obra mais barata; em consequência deste conjunto de situações, a desocupação é notoriamente crescente.

 Encolhem as comparticipações no sector da saúde; amplificam os tributos; estreita-se o arrocho através dos braços musculosos e “benevolentes” dos elementos do fisco, - facto que provavelmente não se aplica a todos os “súbditos” com integral equidade. Tudo isto, na miragem de um restabelecimento da economia, que cada vez está mais deficitária e o cume prometido e muito badalado, igualmente longínquo.

Por isso, uma grande maioria se interroga: o que será que o futuro reserva, já não digo para nós, mas para os mais novos, que actualmente esgravatam por salários ridículos?

É por toda esta “trovoada” de ocorrências que têm vindo a transtornar os ânimos de todos nós, que eu, Sr. Pedro Nuno Santos, venho sugerir-lhe, no mais gracioso, respeitável e requintado trato de que é merecedor, (?) que, se vier a ser indigitado o suprassumo do seu, - já um bocado putrefacto - baraço partidário, com o azimute a Primeiro-ministro – o Diabo seja cego, surdo e mudo, mais uma vez -, proponha aos “Paralamentares” a venda desta “FAIXA”, que, mesmo com todas as “fossas” que a esburacam e desfiguram, há sempre a possibilidade de aparecer um lorpa, ou um laparoto, fracos de espírito, que lhe pegue, e talvez nos governe melhor - não quero com isto dizer que, na parte que lhe coube, o Sr. tenha governado mal!? Longe de mim tal ideia! Conquanto que, evidenciando o sentido masoquista do nosso povo, ao que se me aparenta, ainda temos na cilha mais alguns furitos para adelgaçar!

Para tal efeito, penso ser condição fundamental mandar “plantar” nas estremas, que, apesar de não existirem, (o Acordo de Schengen, só serviu para nos schengar), ainda subsistem marcas geológicas que certificam a sua delimitação, umas dúzias de estacas, já bastante carbonizadas pelos fogos, a suportar uns tituleiros côr branca, com as palavras nitidamente pinceladas a preto - mesmo que em aparolado português não faz mal: “SEDE-SE A “FACHA” ou BENDE-SSE O AIDO“. E, por baixo, em estreitos caracteres, só para disfarçar: por motibo de débil robustez – sem declarar a causa da maleita, claro.

Com esta dica, que por mim lhe é ofertada de boa vontade e se o fadário lhe bater à porta, - creio bem que não -, até pode suceder que um dia, o Sr. se lembre de me chamar p’ra conselheiro; ou, pela sua “generosidade democrática”, me mimoseie com uma penitenciazinha de mau paladar.

Com a diversidade de acontecimentos que já me passaram pela frente, durante os meus setenta e nove invernos, sei lá?! Já vi de tudo… mas ainda não vi tudo. Disso usufruo da certeza.

Atentamente.

 

António Figueiredo e Silva

 

Coimbra 03/02/2024

 

 

 

 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

NEM UM, NEM OUTRO (ADVERTÊNCIA)

 

O meu ideal político é a democracia,

para que todo o homem seja respeitado

 como indivíduo e nenhum venerado.

(Albert Einstein

 

NEM UM, NEM OUTRO

(Advertência)

 


Franqueza arriba de tudo. De resto, cada um come daquilo que mais almejar.

Não gosto do Sr. Pedro Nuno Santos, e se o fanatismo me houvesse contagiado - felizmente não aconteceu -, e tivesse de adorar, também não seria o Sr. André Ventura que iria venerar.

Porque as minhas observações estão sujeitas a erro, como é óbvio, o seu valor é relativo; por isso, cada uma das figuras aqui referidas, vale o que vale. Cabe aos eleitores a sua apreciação e consequente sentença.

No entanto, não me vou coibir de dizer - ainda que possa ser eu o único a manifestá-lo: nenhum deles, aos portugueses, deve interessar.

Um, aparenta ser um sereno ardiloso, portador de “adorável” melodia.

Outro, faz-me lembrar um magnífico vendedor de banha-da-cobra.

 Um, pela sua itinerante carreira política, seu ganha-pão predileto, já evidenciou, - a meu ver -, o que de contraproducente tinha a provar.

Outro, senhor de um refinado mimetismo, tenta fazer parecer, o que meu ver não é.

Um tem profundo traquejo para o toque afinado e requintado de violino, à laia de sereia.

Outro, é exímio tocador cavaquinho – fala e estrebucha p´ra burro, e pouco diz.

Um, por aquilo que fez.

Outro, por aquilo que tenho receio que possa vir a fazer.   

Alternadamente, ambos devem professar os mesmos propósitos, cujos cânones repetem até à exaustão; certamente que devem orienta-se pela mesma ladainha – parlapié –, e contar as contas do mesmo rosário.

Lorpas não são de certeza. Sabem muito bem, que a faladura bem condimentada, é o único meio de transporte que os pode conduzir à alcândora do PODER - sua fundamental ambição.

Lá chegados, é só “governar”. Isto é, não sem o amparo fidedigno, do desafogado guarda-chuva, - bem aberto -, da Constituição da República Portuguesa, Artigo 157.º - (Imunidades).

E p´ra findar: por configurações dissemelhantes, não acredito nas intenções de nenhum deles.  

Os portugueses que se ponham a pau. Seria melhor limparem a ramela dos olhos, removerem o cerume das manilhas auditivas e consumirem algum nutriente que lhes possa aguçar o cérebro, - na parte que concerne ao raciocínio lógico -, e não se deixarem embalar por tretas bem musicalizadas, que podem servir de capote a intenções não tencionadas.

Eu avisei.

Ópois, num protestem nem lastimem.

 

António Figueiredo e Silva

Coim, 17/02/2024

 

Nota:

Faço por não usar o AO90.   

 

 

 

 

 

 

domingo, 7 de janeiro de 2024

OS "CABEÇUDOS" (II)

 

OS “CABEÇUDOS” (II)

 

 Há muitas luas que os seguidores das minhas “baboseiras” se devem ter vindo a sentir apreensivos, com base em alguns interregnos marcados pela minha abstinência em relação à escrituração.

Não, quando isto acontece, não é porque pense renunciar à contenda ou porque haja “morrido”. Ainda estou vivinho da silva e sempre com a cabeça a fervilhar e ansioso por dar mais umas traulitadas.

O que acontece, é que de vez em quando a disposição para isso depaupera, porque a merdice é tanta, que muitas vezes nem sei qual o lado dos miolos que devo utilizar, para rechaçar toda a porcaria que pela frente se me depara.

Por via dessa imundice, perco-me nos caminhos confusos que estabelecem a ligação entre a verdade e a mentira. Fico cismático e desnorteado com a vergonhosa desordem que alastra na lisura da informação de factos, sejam eles de ordem política, religiosa ou pandémica; até nas coisas que acontecem no dia-a-dia, existe um condimento de mordacidade.

É vasta a conspurcação e barafunda de alto a baixo, que podem colocar em causa o meu raciocínio, tornando-se necessário, dar um pouco de repouso de à mioleira.  Porque, como da mentira se pode fazer uma verdade, da exactidão também se pode construir uma mentira paralela, tida com alguma fiabilidade. Isto é enganar descaradamente. Mas é. “Atão num” é?!

Nesta “Aldeia” Lusitana, integrada na já bastante poluída superfície global, que os mantos da melancolia e “fumarada” cobrem, o ambiente está a tornar-se caótico, intragável e insuportável, devido à síndrome da doutorice que remove a massa encefálica e atafulha determinadas cabeças com palha, resultando daí o que eu chamo, com a indispensável cerimónia, de,,, OS “CABEÇUDOS” – mas matreiros,

Não encontrei no meu miserável léxico, outra designação que não esta, para muitas figuras cujo suporte cabeçal, apenas serve para suportar estruturas de queratina. “CA-BE-ÇU-DOS”! Este polissílabo bem adornado, que, ao fim e ao cabo, não serve para nada, é apenas um apadrinhamento meu, como merecido galanteio à proliferação destas rêses, que, se não nos pusermos a pau, até nos comem vivos.

Eles é que têm vindo a propagar a instabilidade nas comunidades, com recurso a farsas, esgrimidas com acesas retóricas, a que os filósofos de baeta, por proveitos implícitos, ou por falta de extensão “visual”, (já não quero dizer, por genuína burrice), dizem ser populismo. Mas qual populismo, qual carapuça?! O que buscam esses CABEÇUDOS é um meio que lhes faculte uma alcândora onde possam cantar de galo com uma imunidade absoluta a proteger-lhes a crista, que lhes adorna um espaço ôco com a sapiência falida, mas onde não é escassa a esperteza aguçada.

Foram e são esses CABEÇUDOS que têm vindo a dar cabo disto, e continuam a propagar o derretimento da estabilidade social por todo o nosso território.

São presidentes, ministros, deputados, assessores, chefes de gabinete, juízes, advogados, regedores, “régulos”, “sobas” e quejandos; até chegar a vez do ZÉ, que mesmo com a assolapada tacanhice de um verdadeiro “CABEÇUDO”, também não deixa passar o seu papel existencial em branco sem se fazer a um poleireco, que, pelo menos lhe dê uma enganadora condição social, na maliciosa comunidade onde vegeta.

Os CABEÇUDOS, começam por desconhecidos e vão-se metamorfoseado em exímios vendedores de ilusões - aos lôrpas - para passarem à notoriedade. A partir daí, auto-adquirem poder, (aquele poder que todos conhecemos de ginjeira,) para fazerem as merdas que lhes apetece, sem que ninguém os possa agarrar pelos colarinhos e espetar-lhes dois ou três “murros” nas trombas e metê-los na linha.

Naqueles alfobres alcandorados à custa de sofístico paleio, encontram-se “asilados” e tratados com deferência, alguns órgãos de comunicação e seguidores partidários das mais diversas crenças e convicções.  

Perante isto, para que eu possa expor com liberdade e absoluta lisura o que fumega na ideia, terei de ser plenamente livre; “milagre” que não tem acontecido, nem vislumbro o advento dessa realidade. Por isso, se abrir muito a “matraca” para difundir as minhas perturbações, serei imediatamente “condenado” pel’OS CABEÇUDOS”, e/ou seus “fiéis” acólitos, vacinados, não contra o COVID-19, mas contra a congruência da razão. Para eles, sob a uma sensatez sem voz, limitada por duras palas laterais feitas em couro, cerume acumulado nas manilhas auditivas, que apenas lhes permitem comtemplar a debilidade interna lhes vai alimentando o fôlego e a ganância.

 Repare-se só, na actual corrida ao poder.

Os malabarismos de verborreia que têm sido exibidos nas entrevistas, quer pelos entrevistadores, (quase todos à sombra de uma côr), quer pelos entrevistados, que não defendem como é notório, os interesses de um povo, porém, os cromatismos ideológicos a que estão aglutinados, e, infalivelmente, os seus interesses pessoais.

Estou empanzinado d’OS ”CABEÇUDOS”.

 Nesses palermas, as principais virtudes abortaram à nascença, quando deviam ter sido eles/as a serem abortados/as - são todos a mesma jorda. Parece que foram feitos a granel.

            A eles, falta-lhes a diplomacia, o conhecimento da vida, a ponderação, o poder catalisador, o respeito pelo semelhante, o saber unir. Tudo isto, despretensiosamente.

É pela falta destas condicionantes, e ainda outros atributos que constituem a decência, que nós estamos a assistir a uma temerária anarquia que está a condicionar o que devia ser uma democracia, tida como um estado de direito. O que tem ocupado esse lugar é a FALÁCIA.

Malditos CABEÇUDOS! Só olham p´ra eles! A sua excrescência umbilical é o seu reino. Enquanto extasiados a observam, a noção dos valores desarvora. É por isso que isto tem andado na balbúrdia” que nos é dado observar.

Estou farto deles! OS “CA-BE-ÇU-DOS”.

Bem… é preferível eu meter a viola no alforje, e zarpar para outra “regedoria”.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 07/01/2024

http://antoniofsilva.blogspot.com/

Obs:

Faço por não usar o AO90

 

 

  

    

 

 

  

 

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

NATAL/2023

 

NATAL/2023

 


Sonhar é Humano! Todos sonhamos! Até os animais “irracionais” sonham.

São manifestações de anseios interiorizados que vagueiam no bote da esperança. O suavizante para paz de espírito daquele que deseja.

É, pois, neste instante de reflexão, que é meu anseio exprimir aos MEUS AMIGOS e ao MUNDO em geral, o que me vai na alma!

Desejo a todos, um NATAL REPLETO DE TERNURA e um benévolo ANO NOVO, que permita a realização dos vossos sonhos.

Para todos:

O MEU FRATERNAL ABRAÇO NATALÍCIO.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 22/12/2023

 

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

“O REGRESSO DO FEUDALISMO”

 

“O REGRESSO DO FEUDALISMO”

(Carta aberta ao Sr. Primeiro-ministro)

 

 

Exmo. Sr.

António Luís Santos da Costa

Archiministro de Portugal

 

Não por uma questão de rebeldia, porém, graças a uma sensatez criteriosa para comigo próprio, não consigo deglutir e esmoer somente para mim, o que entendo que deve ser dito, quando, na minha singela maneira de pensar, os factos me justificam a razão.

Assim, queira indulgenciar este meu desafogo, mas sinto-me constrangido a valer-me dos meus “pobres” recursos de alfabetização (do tempo salazarista), que não me dão asas para proceder de forma distinta, e endereçar-lhe uma lavra escrevinhada mais poética, sublime, bajuladora, engenhosa e sagaz, que lhe fizesse dilatar as meninas dos olhos, arregalando-os, repletos pura satisfação e jactância.

Não, não consigo tecer tal aldrabice. Sou portador de um carácter “somítico”, que não permite deixar-me sufocar pelo fingimento, pela mentira ou pela injustiça.

Até aqui, é natural que o Sr. Primeiro-ministro venha a interrogar-se, perante o presente articulado, o que pretenderá esta ovelha ronhosa do meu “rabanho”?! Mas eu vou “balir”.

É sobre a “nacionalização” das construcções “desocupadas” (mas que, certamente têm um dono que paga os seus impostos, e muitas vezes sem auferir quaisquer rendimentos dos imóveis), e sequente sublocação compulsiva das mesmas, provavelmente ao preço da uva-mijona, cindindo ao legítimo proprietário a livre disposição do seu bem, segundo a sua liberta vontade.

Entende que isso está correcto, Sr. Archiministro?

No que concerne a essas intenções, tidas por V. Exa. - e seus acólitos -, como justas e capazes de resolver a carência habitacional, estão instalados um burburinho e uma revolta que demonstram bem os ilhéus de indignação que alastram e desassossegam determinadas camadas da sociedade portuguesa, e não vão resolver absolutamente nada.

Sabe, apesar de eu não ser dotado de um espírito vaticinador, em meu entender, “aparenta” assomar-se no horizonte a nuvem negra do Feudalismo, empurrada pela real vontade de uma “nacionalização” compulsiva de “habitações devolutas”, emporcalhando dessa forma o Direito de Propriedade, tutelado pela Constituição da República Portuguesa, Artigo 62.º, n.º 1; “a todos é garantido o direito à propriedade privada e à sua transmissão em vida ou por morte.

Ora, sendo a propriedade privada estimada como um direito basilar pela disposição jurídica nacional e internacional, aos seus titulares é lícito adquirir bens, como o plasmado no Artigo II-78º da Constituição da Europa; “podem usar, fruir e dispor dos bens que lhes pertencem; podem transmiti-los em vida ou por morte; e não serão deles arbitrariamente privados.

Eu compreendo, Sr. Primeiro-ministro António Costa, que, segundo a filosofia politicamente cinzelada na sua douta moleirinha, e nas mioleiras de outros seguidores do mesmo barbante, (não na minha), que, se o Estado se apodera coercivamente de um bem contra a vontade expressa do seu legítimo dono, e lhe dá um fim dissemelhante ao dessa mesma vontade, mas este é ressarcido, (aparentemente), com “meia dúzia de folhas de couve para um caldo verde”, isso não constitui um roubo. Sim, se foi “pago” (bem ou mal), não é um roubo. Houve uma “remuneração”. Está uma teia bem filosofada, não está, Sr. Primeiro-ministro?!

Claro que não configura uma extorsão, Sr. Primeiro-ministro! Livre-nos Deus de os portugueses pensarem tal coisa!? Roubo?! Como poderá sentir, “anda tudo muito sossegado”.

A intenção de V. Exa. é “límpida e lógica” - ainda que eu pense que da coerência se arrede; é óbvio que, se a posse compulsiva feita pelo Estado, pariu um “pagamento”, a realidade é só uma; o roubo não existe. Essa é a realidade. Porém, se a propriedade privada é preservada por lei, e essa protecção é sofisticamente degenerada, aqui, já não sei o que dizer!? Surge o que posso titular de paradoxo. E sendo um ilogismo, logo, pode ser reticenciado, não é?!

As Leis devem ser precisas; isto é, límpidas e isentas de quaisquer sinusóides antagónicas.

Na minha óptica, mesmo não sendo legislador, constitucionalista, juiz, jurista ou coisa que a isso se irmane, de uma coisa estou convicto; não sou estúpido. Considero por isso, uma inconstitucionalidade, o fim de toda a trama que anda a urdir à volta da propriedade privada. O tempo o dirá.

Nesta ocorrência, se tudo se consumar nos termos que V. Exa. “sabidamente” cogita, teremos uma Democracia falida (que há muito tempo já anda enfraquecida), com o consequente afundamento da mesma, e a emersão do retrógrado   Feudalismo usado na Idade Média, que deseja “entronizar” no século XXI, em Portugal.

Fantástico, num é?!

E com pesada angústia concluí, que o baixo progresso de uma nação, é realmente certificado pelas características dos seus cidadãos e pelas qualidades de governação de cada país inclui.

Ao que parece, não estamos bem servidos.

Sr. Primeiro-ministro, a meu ver, é de reflectir duas vezes – se isso não for o suficiente, que seja meia dúzia.

Mas pondere.

Atentamente.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 24/02/2023

 

http://antoniofsilva.blogspot.com/

 

Nota: Não faço do AO90.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO (PORTO) - CIRURGIA VASCULAR -

 

“A gratidão é o único tesouro dos humildes”.

(William Shakespeare)

 

 

HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO (PORTO)

CIRURGIA VASCULAR


 

Porque a minha memória ainda não está definhada, e o meu entendimento não entrou em falência cognitiva – assim penso -, entendo que, por uma questão de ética, o bem ou o mal devem sempre obedecer a uma reciprocidade clara no tratamento; neste contexto, optei por escrever, não com o fígado, porém com o coração, cujo objectico é o de atribuir os louros a quem os merece.

Naturalmente que não me proponho a versar sobre o Hospital na sua universalidade, porque na verdade não conheço, mas tão só, do sector de Cirurgia Vascular, que merece todo o meu apreço; desde a equipa do Bloco de Operatório até à Enfermaria, (da mesma especialidade), para onde fui transmovido, e na qual me mantive em convalescença por um período de noventa e oito dias.

Não é pela quantidade dos elementos que aqui laboram, - cuja míngua é notória - mas pelas qualidades dos mesmos, que, providos de louvável profissionalismo, - por vezes, sabe Deus como -, “fazendo das tripas coração”, procuram “acudir” aos enfermos nos instantes de maior padecimento, recorrendo a práticas laboratoriais - de acordo com a clínica prescrita -, e psicológicas, para sua minimização. O ambiente concebido e concedido por todos aqueles que ali laboram é de uma  exultação pouco comum; apesar de eu entender que seu número é um pouco reduzido para os achacados “clientes” que aportam a este “Hotel”, os colaboradores deste sector, aparentam terem sido escolhidos a dedo; são solícitos, afáveis e condescendentes; mesmo com o rosto velado pelas “burkas covídicas”, os seus olhos manifestam reconfortantes “expressões” de alegria, que muitas vezes arrancam o doente  do seu torpor emocional imposto pelo sofrimento, colocando – por momentos – em seu lugar, um halo de satisfação, que, embora não aparentando, ajuda muito ao restabelecimento. Se não mais, psíquico.

Pela parte que cabe, a todos quero manifestar a minha gratulação, e ao mesmo tempo dizer-lhes que o seu prestimoso empenho, contribui certamente, para que o Hospital de Santo António (Porto), também possa ser “UMA LIÇÃO” - para o Mundo e para outras instituições análogas.

A todos, a minha mais sincera gratidão.

 

António Figueiredo e Silva

 

http://antoniofsilva.blogspot.com/

 

Nota:

Faço por não “calçar” o AO90